28 de setembro de 2012

O PROUNI é educação política.



Nada mais significativo para a minha geração que esta linda composição de Violeta Parra interpretada por La Negra Mercedes Sosa. Uma homenagem aos estudantes de todos os tempos.

No encontro dos estudantes prounistas com Haddad e Lula, ontem 27/09/12, me emocionei várias vezes com depoimentos de bolsistas, de suas mães e de lideranças estudantis.
Desnecessário dizer que defendo e apoio veementemente o PROUNI, o SISU, o novo FIES e o ENEM .
Como educadora vi com muito pesar durante 30 anos muitos jovens de famílias pobres perderem seus sonhos,  alguns até a vida pela desesperança e desencanto, por não terem oportunidade de cursar uma universidade.
 Quando foi implantado nós educadores travamos um debate acalorado, a favor ou contra, sobre o PROUNI:
Alguns entendiam que o PROUNI estaria destinando verbas para faculdades e Universidades particulares que deveriam ser destinadas a expandir as universidades públicas. Outros entendiam que era a oportunidade que estudantes pobres  nunca haviam tido e que era melhor eles terem a oportunidade de fazer um curso superior em uma faculdade privada do que terminar o ensino médio e não ter perspectiva alguma.
No encontro dos estudantes  ontem na Uninove um dos depoentes , particularmente, reforçou a minha opinião sobre a importância do PROUNI .
Jonathan estudante de direito da PUC levantou um cartaz com os dizeres PROUNA-SE.
 Não houve tempo para que ele explicasse os objetivos da  proposta do grupo PROUNA-SE, mas fiquei com a boa impressão de que os Prounistas começaram a se organizar como  grupo que tem histórias e identidades semelhantes, portanto objetivos e bandeiras de luta comuns. Estes jovens aprenderam e começaram a fazer POLÍTICA.
Jonathan filho de um jardineiro e de uma dona de casa, conquistou não apenas o direito de fazer um curso superior conquistou ,a partir da oportunidade de estudar, sua identidade política e cidadã.
Ontem percebi que a oposição ao ENEM, ao PROUNI, ao SISU, enfim às políticas desenvolvidas por Fernando Haddad frente ao MEC, não é uma questão apenas elitista ou de oposição ao governo do PT.
A oposição e críticas aos programas desenvolvidos no governo do PT é medo de que as classes trabalhadoras se apropriem do saber que sempre foi propriedade absoluta das elites.
Quem tem o saber pode ter o poder!
ME  GUSTAN LOS ESTUDIANTES!

PS. Agradeço ao leitor pela correção enviada  : o estudante citado como Jonathan é, na verdade, James Hermínio, estudante de Direito na PUC.




1 comentário

Zelitto Silva

Apenas uma correção: o estudante citado como Jonathan é, na verdade, James Hermínio, estudante de Direito na PUC.